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Mostrando postagens de outubro, 2025
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  Onde Está a Verdade? – Um Chamado ao Coração Por Hiran de Melo Ler “Onde Está a Verdade?” (*) , de LuCaS, foi como abrir uma janela para dentro de mim. Não parecia apenas um texto sobre Maçonaria — era um sussurro da alma, um espelho que me convidava a olhar com ternura para o que sou por dentro. Jung chamaria essa travessia de processo de individuação, mas eu prefiro pensar como um reencontro amoroso entre corpo, alma e espírito — como fala Yves Leloup — três dimensões que buscam se abraçar novamente. O Iniciado, que parte das sombras em direção à luz, representa cada um de nós quando decidimos escutar de verdade o que habita em nosso silêncio. Não é sobre títulos nem reconhecimentos, mas sobre coragem. Coragem de descer ao fundo do próprio ser, tocar o que dói e, ainda assim, continuar caminhando. É um trabalho paciente, íntimo, quase artesanal — feito de quedas, descobertas e pequenas vitórias sobre o medo. O Templo de Jerusalém, tão presente no texto, ganhou outro sen...
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  A Bíblia e o Rito Escocês Antigo e Aceito — Uma Obra Essencial ao Maçom Contemporâneo Por Hiran de Melo A leitura de A Bíblia e o Rito Escocês Antigo e Aceito , de Luiz Carlos Silva (LuCaS) , é uma oportunidade singular de aprofundar o entendimento sobre a íntima relação entre a Escritura Sagrada e os princípios que sustentam o Rito Escocês. A obra, agora em sua segunda edição ampliada, revela-se indispensável tanto aos obreiros do Simbolismo quanto aos que trilham os Graus Filosóficos, oferecendo uma visão abrangente e inspiradora sobre as origens espirituais da Maçonaria. Patrocinado pela Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba (GLEPB) , o livro foi reconhecido desde sua primeira edição como uma contribuição cultural e instrutiva de grande relevância. O autor, maçom e pesquisador dedicado, constrói uma ponte luminosa entre a tradição bíblica e o simbolismo iniciático, destacando figuras, conceitos e narrativas que moldaram a base moral e espiritual da Ordem. Dividido ...
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  Fumaça e Névoa — Comentada A prancha de arquitetura maçônica  “Fumaça e Névoa” (*) , do mestre maçom Luiz Carlos Silva, nos convida a pensar com coragem e sensibilidade sobre os desafios éticos e humanos da Maçonaria de hoje. Ele mostra que, mais do que repetir gestos e palavras nos rituais, o verdadeiro iniciado deve buscar o sentido profundo de cada símbolo e transformar esse conhecimento em atitudes sinceras e coerentes. Ao tratar da diferença entre aparência e essência, o autor lembra que ser maçom não é apenas usar avental ou acumular graus, mas viver os valores que eles representam. Cada grau é um chamado à responsabilidade e ao crescimento interior, não uma medalha para exibir. A crítica feita a um Irmão mais velho é apresentada com respeito e equilíbrio. Em vez de julgar, o autor procura entender o contexto e refletir sobre o que a atitude simboliza. A imagem da “fumaça e névoa” é muito feliz: mostra que, às vezes, o que parece errado pode esconder um ensinamen...
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  A Espiritualidade que Brota da Terra e Inspira o Coração Por Hiran de Melo A canção “Súplica Cearense”, eternizada na voz de Luiz Gonzaga, é mais do que um lamento pela seca — é uma oração que nasce do chão rachado, do coração ferido, da alma que ainda espera. Em cada verso, o homem nordestino se revela em sua vulnerabilidade diante da natureza, em sua humildade diante do divino, e em sua força diante da dor. É uma espiritualidade que não se aprende nos livros, mas se vive com os pés descalços sobre a terra quente. Ao pedir que o sol “se esconda um tiquinho” e que a chuva venha “de mansinho”, o eu lírico não clama por milagres grandiosos, mas por equilíbrio. Ele não exige, ele pede. E nesse gesto há uma sabedoria profunda: o desejo não é por extremos, mas por harmonia. A oração não é uma fórmula perfeita, mas uma entrega sincera — como nos ensina Jean-Yves Leloup, o que importa não é a eloquência, mas a verdade que brota do coração. Esse homem simples, que “não sabe fazer...
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  Amigos para sempre — um chamado à presença que transforma Por Hiran de Melo A canção “Amigos Para Sempre”, interpretada por Sarah Brightman, é um convite à alma. Em suas palavras simples e repetidas como um mantra, revela a profundidade da amizade como espaço de comunhão, abrigo e eternidade. Não se trata apenas de estar junto, mas de habitar o outro com presença verdadeira, silenciosa e acolhedora. Jean-Yves Leloup nos lembra que o essencial não se vê com os olhos, mas se sente com o coração. A amizade, nesse sentido, é uma forma de comunhão com o mistério que nos une. Quando a canção diz “Só de saber que você está neste mundo aquece meu coração”, convida-nos a reconhecer que a presença do outro pode iluminar até os dias mais escuros — mesmo à distância, mesmo em silêncio. Há uma delicada sintonia entre o pensamento de Leloup e a sabedoria poética de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Ambos nos convidam a enxergar além da superfície, a perceber que o que re...
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  Um Convite à Transformação em Movimento Por Hiran de Melo Sinto a canção Deixa a Vida Me Levar , de Zeca Pagodinho como uma meditação existencial que convida à entrega, à autenticidade e à gratidão. Sob o olhar filosófico de Martin Heidegger e a espiritualidade encarnada de Jean-Yves Leloup, essa obra revela uma sabedoria que nasce da simplicidade e da coragem de viver com o coração desperto. Ser-no-mundo com leveza e fé O eu lírico reconhece sua origem humilde — “Confesso que sou de origem pobre” — mas não se define pela carência. Ao contrário, afirma: “Meu coração é nobre, foi assim que Deus me fez”. Essa nobreza não vem de posses, mas da presença, da consciência desperta que reconhece o valor do ser em meio às imperfeições da vida. Heidegger chamaria essa postura de o “deixar-estar” — uma atitude de quem se harmoniza com o fluxo da existência, sem tentar dominá-lo. Leloup, por sua vez, vê nessa entrega uma espiritualidade viva: confiar na Vida como uma presença divin...
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  Eu olhei o futuro nos olhos, ele é meu - Um Convite à Transformação Por Hiran de Melo O poema de Sofia Isella pulsa como um coração em movimento, vibrante e visionário. Ao afirmar “Eu olhei o futuro nos olhos, ele é meu”, a voz poética não apenas reivindica o porvir, mas se funde a ele — como quem já respira o ar que ainda não existe, mas se prepara para habitá-lo. Há uma tensão entre o caos da distração e a lucidez de quem escolhe estar desperto, entre o mergulho na confusão e a coragem de ver “algo não muito distante”. Essa postura ressoa com duas perspectivas que iluminam o caminho da existência: a de Jean-Yves Leloup e a de Martin Heidegger. Leloup nos convida a reconhecer que o futuro não é uma projeção técnica, mas uma experiência de consciência. Antes de transformar o mundo, é preciso despertar para o que somos hoje — nossos limites, desejos, doenças — e encontrar o mestre interior que nos conduz à cura e à lucidez. Heidegger, por sua vez, nos lembra que somos “seres...
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Eu Poderia Ser Tudo — Menos Sua: Uma Resistência à Posse Por Hiran de Melo O poema “Eu Posso Ser Sua Mãe”, de Sofia Isella, é um chamado à transformação. A voz que nele pulsa não se acomoda em rótulos nem se deixa capturar por papéis fixos. Ela se desdobra em possibilidades — mãe, amiga, ferida, pureza, prostituta, sonho, verdade — e, ainda assim, afirma com firmeza: “menos sua”. Essa recusa não é negação do afeto, mas afirmação da liberdade. É o grito de quem escolhe existir em movimento. Inspirada por uma visão que dialoga com Jean-Yves Leloup e Martin Heidegger, o poema revela o ser humano como mistério em fluxo. Leloup nos lembra que somos corpo, alma e espírito — uma interseção viva entre o visível e o invisível. Heidegger nos convida a pensar o ser como aquele que se pergunta sobre si mesmo, como Dasein: o ente que habita o mundo com consciência da própria finitude. A repetição de “eu poderia ser” funciona como abertura para o vir-a-ser. A mulher que fala não se define p...
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Outubro Rosa “Cuide-se, ame-se e previna-se” Amados Irmãos, Assim como na senda maçônica buscamos lapidar a pedra bruta para alcançar a plenitude do ser, também na vida profana precisamos estar atentos à obra de nosso corpo, templo sagrado do espírito. Para avançarmos com firmeza na jornada, é necessário cuidar da saúde, cultivar o equilíbrio e zelar pelo bem-estar daqueles que caminham conosco na senda da fraternidade. Neste Outubro Rosa , somos convocados a lembrar que a prevenção contra o câncer de mama salva vidas. O tema deste ano nos inspira: cuide-se, ame-se e previna-se . Cuidar-se é vigiar os sinais do corpo, buscar os exames preventivos e adotar hábitos que preservam a vida. Amar-se é reconhecer o valor da existência como dom precioso, que deve ser vivido com plenitude e gratidão. Prevenir-se é um ato de coragem e sabedoria, que nos liberta da espera passiva e nos coloca como construtores ativos da própria saúde. Enquanto Ordem, somos...
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  Outubro Rosa “Cuide-se, ame-se e previna-se” Amigos ciclistas do grupo Juntos Somos Mais , Assim como no pedal, a vida também é um percurso cheio de desafios e conquistas. Para avançar bem, precisamos estar atentos ao nosso corpo, à nossa saúde e ao bem-estar de quem pedala ao nosso lado. Neste Outubro Rosa , somos convidados a lembrar que a prevenção contra o câncer de mama salva vidas. O tema deste ano é claro e direto: cuide-se, ame-se e previna-se . Cuidar-se é estar atento aos sinais do corpo, buscar exames e manter hábitos saudáveis. Amar-se é reconhecer que a vida é preciosa e merece ser vivida com plenitude. Prevenir-se é o gesto mais forte de coragem: não esperar o problema surgir para agir. Como grupo que já se fortalece na união e na amizade, podemos também ser exemplo nessa causa. O Outubro Rosa não é apenas para mulheres: é para todos nós, porque cuidar da saúde é uma tarefa coletiva. Cada incentivo, cada palavra de apoio, cada g...