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Mostrando postagens de agosto, 2025
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  Indicação de Leitura – Eu por mim mesmo! , de Francisco de Assis Medeiros Jardelino (*) Por Hiran de Melo Amado Irmão, prepare o coração e aguce os olhos, pois o que temos em mãos não é simples livro, mas um verdadeiro auto-da-fé da existência, urdido nas linhas e entrelinhas da memória de um Mestre Maçom, o insigne Irmão Francisco de Assis Medeiros Jardelino! É como se o próprio destino, em sua infinita sabedoria, houvesse tecido esta trama para deleite e edificação de nossas almas. A Jornada de um Mestre no Sertão do Brejo Adentrar as páginas de "Eu por mim mesmo!" é como cruzar o umbral de um Templo da Memória, onde cada pedra, cada canto, cada fresta revela os caminhos por onde andou este Irmão. Não é só um homem que se desvela, mas a própria vida em sua dança miúda e majestosa, lapidando o ser com o buril dos dias, ora ásperos, ora suaves. E para a surpresa do leitor, vos digo: este Mestre é ainda sobrinho do prezado companheiro rotariano Mário Carneiro, o que...
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  Quando Decidi Ficar   Querida,   Por muito tempo, vaguei entre a incerteza, alma e mãos cheias de dúvidas. Carregava silêncios que pesavam como gritos.   Então te vi. De longe. Teu olhar escondia mais do que mostrava, teu sorriso recuava. Mesmo assim, soube que algo em ti chamava o que ainda resistia em mim.   Não cheguei com promessas vazias, pois entendi que acolher é gesto calmo, tempo sem pressa, toque que não exige.   Ficar foi mais que escolha; foi reconhecimento. Foi saber que em ti havia um canto seguro para minha alma descansar.   Quando segurei tua mão, pedi silêncio ao mundo, apenas para ouvir teu riso e ver teus olhos desatando nós de dor. Você não era ferida, mas um jardim a florescer. E eu, apenas reguei.   Dizes que fui luz, mas apenas acendi o que já morava em ti. Teus dias dançam porque tua alma sempre teve música. Eu só me aproximei para escutá-la.   Juntei teus pedaços com a delicadeza de...
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  Trago um abraço ao teu coração, viu? Alma, imenso salão vazio A alma, tantas vezes, é um vasto salão vazio. Nele, ecoam passos antigos, memórias esquecidas, vozes que já partiram. O silêncio não é ausência, mas presença latente, como se as paredes invisíveis aguardassem o gesto que as preencha. Solidão, a última a sair Na festa da vida, a solidão é sempre a última convidada a se retirar. Ela permanece até que os risos se apaguem, até que as músicas silenciem. Observa, paciente, como a guardiã de uma verdade: que só se sabe do valor da presença quando se experimenta a falta. Nunca fartos da presença que nos enche Há uma sede que nada sacia. Não de pão, nem de vinho, mas de encontro. Nunca nos cansamos da presença verdadeira, aquela que ilumina os salões da alma, que transforma o vazio em dança, o eco em canto, a espera em gratidão. Precisamos nos encher Encher-nos não de coisas, mas de instantes. De olhares que repousam sem pressa. De mãos que se encontram sem medo...
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  Quando se está só Por  Hiran de Melo Quando se está só, O deserto do coração se revela. A sede não é apenas de água, Mas de sentido, de presença, de luz. Quando se está nu, Não é o corpo que clama por vestes, Mas a alma que implora por esperança. E assim, até o mais simples pano torna-se veste de realeza. Quando se caminha em solidão, Um sopro de palavra já é música, Um olhar já se ergue como templo, E até o vazio se enche de amor. Na ausência se descobre o valor do pouco, E no pouco se encontra a grandeza do todo. Considerações filosófica e poética O poema toca uma das questões mais centrais da filosofia de Martin Heidegger : a experiência do ser no vazio. A solidão, descrita como “deserto do coração”, aproxima-se daquilo que Heidegger nomeia como o confronto do homem com o nada — momento em que as máscaras da cotidianidade caem e o ser é lançado diante de sua própria finitude. Estar só, aqui, não é mera falta de companhia, mas uma revelação da essênc...
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  A Verdade e a Autenticidade Eu li o texto do irmão Luís e me veio a seguinte reflexão: as vezes algumas pessoas me enviam fichas de cadastro para eu me filiar em alguns partidos políticos. Quando a ficha não é do PCdoB aí eu envio uma ficha do meu Partido. Alguns me respondem, mas eu sempre respeito a opinião deles; todavia eu mantenho a minha opinião pois é a que eu vivo. Assinar uma ficha de filiação não significa absolutamente nada quando a pessoa não é aquilo que diz ser. Ora, a Verdade é a Verdade e a retórica é a retórica. Então não basta ir ao Cartório e se filiar a um partido pois a Verdade é o espelho daquilo que a pessoa realmente é. Então para eu não me colocar na retórica, posso dizer que são poucos a afirmar: Sou Comunista. Jivago de Azevedo Chaves – Mestre Maçom   Breve Consideração Por Hiran de Melo   Segue a análise focada na questão da Verdade e da Autenticidade segundo Arthur Schopenhauer, filósofo preferido do Mestre Jivado. 1. ...
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  A Verdade e a Retórica Eu li o texto do irmão Luís e me veio a seguinte reflexão: as vezes algumas pessoas me enviam fichas de cadastro para eu me filiar em alguns partidos políticos. Quando a ficha não é do PCdoB aí eu envio uma ficha do meu Partido. Alguns me respondem, mas eu sempre respeito a opinião deles; todavia eu mantenho a minha opinião pois é a que eu vivo. Assinar uma ficha de filiação não significa absolutamente nada quando a pessoa não é aquilo que diz ser. Ora, a Verdade é a Verdade e a retórica é a retórica. Então não basta ir ao Cartório e se filiar a um partido pois a Verdade é o espelho daquilo que a pessoa realmente é. Então para eu não me colocar na retórica, posso dizer que são poucos a afirmar: Sou Comunista. Jivago de Azevedo Chaves – Mestre Maçom   Breve Consideração Por Hiran de Melo Vamos trabalhar o texto do irmão Jivago com base na filosofia de Martin Heidegger, segundo a leitura hermenêutica de Oswaldo Giacóia, e conectá-lo à ...