Os brutos também sentem

 

Por LuCaS

 

Sob a casca dura e fria, 

No silêncio que ninguém ouvia, 

Há um coração que pulsa, 

Uma alma que reluta. 

 

Caminham entre espinhos e dor, 

Mas no peito carregam calor. 

Os brutos também sonham e têm cor, 

Também sentem e vivem o amor. 

 

Se a vida os moldou em muralha, 

Foi para enfrentar a batalha. 

Mas mesmo em meio à tempestade, 

Há espaço para a suavidade. 

 

Por trás do olhar que intimida, 

Há um desejo de uma vida sentida. 

De mãos que tremem ao toque sereno, 

De se entregar ao amor pleno. 

 

Os brutos, com suas marcas e feridas, 

Escondem histórias de vidas vividas. 

E quando o amor os alcança em seu labor, 

Mostram ao mundo que o amor não tem torpor.

 

Reflexão – Uma leitura possível do texto

 

"Os Brutos Também Sentem", de LuCaS, é um poema que me toca pela sensibilidade com que aborda a humanidade escondida por trás da aparente dureza. A obra me leva a refletir sobre os julgamentos superficiais que fazemos, e sobre a importância de olhar além das aparências.

 

A primeira estrofe

 

Sob a casca dura e fria, 

No silêncio que ninguém ouvia, 

Há um coração que pulsa, 

Uma alma que reluta. 

 

A estrofe inicial me chama a atenção pela metáfora da "casca dura e fria", que representa a fachada que muitas pessoas constroem para se proteger do mundo. No entanto, o poema nos lembra que, por baixo dessa camada, existe um "coração que pulsa" e uma "alma que reluta", revelando a vulnerabilidade inerente a todos nós.

 

A segunda estrofe

 

Caminham entre espinhos e dor, 

Mas no peito carregam calor. 

Os brutos também sonham e têm cor, 

Também sentem e vivem o amor. 

 

Essa estrofe me impacta pela imagem dos "espinhos e dor" que acompanham a jornada dessas pessoas. Apesar das dificuldades, elas carregam "calor no peito", o que me faz pensar na capacidade de amar e sonhar que existe em cada ser humano, independentemente de sua aparência ou histórico.

 

A terceira estrofe

 

Se a vida os moldou em muralha, 

Foi para enfrentar a batalha. 

Mas mesmo em meio à tempestade, 

Há espaço para a suavidade. 

 

Os versos dessa estrofe me fazem refletir sobre como a vida pode moldar as pessoas, transformando-as em "muralhas" para enfrentar as adversidades. No entanto, o poema nos lembra que, mesmo em meio à "tempestade", há espaço para a "suavidade", mostrando que a sensibilidade não é incompatível com a força.

 

A quarta estrofe

 

Por trás do olhar que intimida, 

Há um desejo de uma vida sentida. 

De mãos que tremem ao toque sereno, 

De se entregar ao amor pleno. 

 

Essa estrofe me emociona ao revelar o "desejo de uma vida sentida" que se esconde por trás do "olhar que intimida". A imagem das "mãos que tremem ao toque sereno" me faz pensar na fragilidade humana e na necessidade de afeto e compreensão.

 

A quinta estrofe

 

Os brutos, com suas marcas e feridas, 

Escondem histórias de vidas vividas. 

E quando o amor os alcança em seu labor, 

Mostram ao mundo que o amor não tem torpor.

 

A última estrofe me traz uma mensagem de esperança e aceitação. O poema nos lembra que os "brutos", com suas "marcas e feridas", também possuem "histórias de vidas vividas" e que o amor, quando os alcança, revela a sua verdadeira essência, mostrando que ele "não tem torpor".

 

A linguagem do poema é simples e direta, mas carregada de significado. As metáforas e imagens utilizadas são muito eficazes em transmitir a mensagem do autor. A sonoridade dos versos também contribui para a beleza da obra.

 

"Os Brutos Também Sentem" é um poema que nos convida a repensar nossos preconceitos e a olhar para o mundo com mais empatia e compaixão. A obra nos lembra que todos nós, independentemente de nossa aparência ou histórico, compartilhamos a mesma humanidade e a mesma capacidade de amar e sentir.

 

Poeta Hiran de Melo 

 


Comentários

  1. Muito obrigado por haver socializado esse meu poema e, ainda mais pela crítica analítica.
    LuCaS

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