Agora & Antes – Capítulo 2

“Antes a terra era tão somente do Pai
Fronteiras só existiam no nosso olhar
Estávamos em casa em qualquer lugar
Sempre ouvia a palavra libertadora: vai”.
Agora e antes – Hiran de Melo,
Caminhos ao coração.

Um olhar voltado à esperança

 

O olhar se volta ao passado, mais do que passado, se volta às origens do tempo. Nelas se vê a liberdade de tudo fazer sem limites espaciais ou temporais. A terra não tinha dono já que todos eram filhos de um mesmo Pai. Em qualquer lugar que eu estivesse sentiria a presença acolhedora do habitar em um lugar sagrado.

 

Não se ouvia o "não vá". Não se escutava o "segue-me". Nem sequer isto ou aquilo era pronunciado pelo Criador do Universo. Apenas se ouvia, quando havia uma queda, a voz interior que dizia: "Ergue-te e vais".

 

A estrela mais próxima aquecia a terra de modo similar ao que fazem, hoje, os olhos da bem-amada: aquecem, mas não queimam. E, assim iluminam o caminho do bem-amado. Mesmo que ele tenha que partir com destino a uma batalha distante, o olhar da bem-amada aquecerá o seu corpo e iluminará a sua alma.

 

Quando o poeta diz "antes" ele está voltado aos valores absolutos, revelados pela Divindade aos eleitos para espalhar a boa nova: no advento quem mantiver a fé no coração herdará o Reino dos Céus. Como que fazendo uma volta completa no universo, o olhar para o antes é um olhar para o futuro. O sabor gostoso do fruto da árvore da vida não se perdeu na memória, ao contrário, alimenta a fé do caminhar no presente.  

 

Poeta Hiran de Melo - Mestre Instalado, Cavaleiro Rosa Cruz e Noaquita - oráculo de Melquisedec, ao Vale do Mirante, 30 de julho do ano 2013 do encontro com a palavra perdida.

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