Agora & Antes – Capítulo 4

Dei-me
as mãos, vamos sair
Quando o passado se apresenta como meta para o
futuro, tudo é muito seguro, pois é conhecido. Construir uma sociedade justa e
perfeita, na visão de Ordem, é possível, pois existe um critério para a tomada
de decisões e um modelo.
O modelo é apresentado na Lenda fundadora da
Obediência, em que todos os trabalhadores participam da divisão do trabalho,
conforme suas aptidões e habilidades adquiridas, sem perder a consciência da
importância de seu fazer, recebendo um salário justo. Cada trabalhador, seja na
supervisão dos trabalhos ou quebrando pedras, sabe que está construindo uma
catedral, templo da sabedoria.
O critério de discernimento também é muito simples.
Basta dar uma resposta positiva às questões: este trabalho que executo é
gratificante? Por si mesmo, já é uma graça?
O mundo justo e perfeito vai além da utopia. Ele se
revela quando cada ser se sente um com o Ser. Cada um, como uma gota d'água,
sente-se parte do Oceano. A ação é o nada, mas o potencial é tudo. O obreiro
reconhece que sem seu nada o tudo não se realiza. Neste cenário, cada um pode
afirmar: eu tenho tudo (posso ser o que eu desejar, tenho potencial), mas não
tenho nada (o que tenho é insignificante em face do que eu posso ser).
A compreensão de que o futuro se apresentou antes é
chamada de visão profética. E, mesmo que ridicularizada no primeiro instante de
sua aparição, tem orientado o desenvolvimento dos povos.
É nisso que o poeta caminha, envolvido pelo ambiente
sagrado, reconhecendo a presença dos quatro elementos fundadores (terra, água,
ar e fogo) no caminho que faz. Nunca sozinho, sempre ao teu lado. E quando
ergue as mãos aos céus, em agradecimento ou em súplica, eleva junto as tuas.
Poeta Hiran de Melo - Mestre Instalado,
Cavaleiro Rosa Cruz e Noaquita - oráculo de Melquisedec, ao Vale do Mirante, 3
de agosto do ano 2013 do encontro com a palavra perdida.
Comentários
Postar um comentário