O Arco Íris Maçônico – Capítulo 5
A
Ressurreição e o Caminho
Resumo
Este artigo explora o conceito de ressurreição na
perspectiva de ritos maçônicos teístas, especialmente o Rito Adonhiramita. Ao
contrário da compreensão tradicional de ressurreição como um evento pós-morte,
a abordagem maçônica enfatiza a ressurreição como uma experiência interior, um
despertar da consciência divina que ocorre durante a vida terrena. A
ressurreição é apresentada como uma escolha pessoal: ao reconhecer a presença
divina em si mesmo e transcender o ego, o indivíduo experimenta uma renovação espiritual.
O artigo destaca a importância do perdão como ferramenta para superar o ego e
se conectar com a divindade.
Palavras-chave: ressurreição, Maçonaria, Rito
Adonhiramita, espiritualidade, ego, perdão, transformação interior.
Existem vários ritos que ordenam os trabalhos nas
Lojas Maçônicas. Os ritos que têm como fundamento a crença na existência de um
deus pessoal – conhecida como doutrina teísta – e na imortalidade da alma,
anunciam a ressurreição.
Dentre eles, destaca-se o Rito Adonhiramita,
praticado no Oriente de Campina Grande, sob o auspício do Grande Oriente da
Paraíba, pela Augusta Respeitável Loja Simbólica ‘Fraternidade, Força e União’.
A ressurreição, segundo esses ritos, ocorre durante
a vida terrena e não apenas após a morte do corpo físico. Isso se deve ao fato
de que ressuscitar para uma vida nova significa abrir a consciência de que
todos possuem uma herança divina e, como tal, são imortais.
No instante em que você redescobre a sabedoria
original, a de que o Pai Celestial habita em todos nós, você experimenta a
ressurreição para a vida eterna. A partir desse momento, a escolha é sua: viver
a vida eterna ou a vida terrena.
Você pode enxergar Deus como o centro de tudo, uma
perspectiva conhecida como teocentrismo, ou pode colocar seu ego nesse lugar,
adotando o egoísmo. Este último, em essência, considera o interesse individual
como a principal motivação para a conduta moral. Essas são as opções.
Uma vez ressuscitado, e tendo feito a escolha certa,
a principal atitude do maçom é manter-se voltado para o Pai. Estar voltado para
o Pai significa praticar o amor pleno de misericórdia. Volte-se para seu
principal inimigo, o ego, que habita em você, reconheça-o como tal e perdoe-o.
A partir do perdão, deixemos de lado as lembranças
dolorosas e caminhemos focados no Pai, não mais no velho e pecador ego. Essa
caminhada na estrada do Ser de Luz, que habita em todos nós, é marcada pelo
desapego, não apenas das ilusões materiais, mas também das velhas visões de
mundo. Assim, amparados pela Cruz e pela Rosa – símbolos da ressurreição –,
dissipamos as trevas e nos integramos à grandeza e à bondade divina.
Exortação
Ó Pai Celestial, que habitas em nós, guia-nos pela
luz da Tua sabedoria. Que a ignorância seja banida de nossos corações e que a
verdade divina nos ilumine. Ajude-nos a compreender os profundos mistérios da
ressurreição, revelados a nós pelo Cordeiro de Deus. Amém.
Poeta Hiran de Melo - Mestre Instalado,
Cavaleiro Rosa Cruz e Noaquita - oráculo de Melquisedec, 27 de outubro de 2007
da Revelação do Cristo.
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