O Arco Íris Maçônico – Capítulo 8

O Dia de Lembrar da Vida
Resumo
Este texto reflete sobre o significado do Dia de
Finados, propondo uma visão da morte que transcende a tristeza e a dor. Ao
invés de se concentrar na ausência, o autor sugere que este seja um dia para
celebrar a vida e a memória dos entes queridos. A partir da perspectiva da
imortalidade da alma o texto convida o leitor a enxergar a morte como uma
passagem para um estado superior de existência. A prática de lembrar dos mortos
com amor e gratidão é apresentada como um caminho para o autoconhecimento e o
desenvolvimento espiritual. O autor argumenta que a capacidade de enxergar o
lado bom nas pessoas contribui para o desenvolvimento de virtudes como a
bondade e a compaixão.
Palavras-chave: Dia de Finados, morte, imortalidade,
espiritualidade, memória, bondade, compaixão.
Hoje se referenciam os mortos. Com lembranças, com
saudades, com palavras, com casos vividos e relembrados, com cantos, com oração
ou com lágrimas solitárias.
Hoje, os mortos são lembrados. Com lembranças,
saudades, palavras, histórias vividas e relembradas, cantos, orações ou
lágrimas solitárias.
A maioria das pessoas interrompe suas atividades
normais e volta-se para seus entes queridos que partiram. Embora essa pausa
seja marcada pela dor da perda, há um elemento saudável: a lembrança do bem que
fizeram em vida. Olha-se para eles com a esperança de que estejam desfrutando
da vida eterna em plenitude, na Casa do Pai.
Fazemos parte de uma comunidade onde a Casa do Pai é
denominada Oriente Eterno, o lugar de onde emana a Pura Luz. Seus membros não
apenas creem, mas são testemunhas da verdade da vida eterna, fundamento da
crença na imortalidade da alma.
Olhamos para os que partiram como seres conectados
ao SER ESSENCIAL, portanto, vivos e saciando-se da água viva que o Filho
ofereceu. É um olhar de esperança na misericórdia divina, sim, mas também um
olhar voltado para a bondade inerente a todos nós.
Uma vez que somos suficientemente tolerantes para só olhar o lado
bom dos que partiram, podemos treinar nosso olhar para focar o lado
bom do outro que está ao nosso lado, ou à nossa frente.
O exercício da bondade nos torna melhores, afasta o
maligno e nos fortalece para vencer as tentações do mesmo ao longo de momentos de deserto,
que todos nós tantas vezes teremos de atravessar mais uma vez.
Podemos nos limitar a lembrar da
morte apenas nos dias de finados e ficarmos apegados à vida
terrena como se fosse a única possível. No entanto, possuímos a
opção de trilhar um novo caminho, desde que estejamos voltados para a Fonte da
Vida. Nessa escolha, a vida vence a morte.
Exortação
Agradeço-Te por teres encontrado a força para
superar a ausência dos que se foram. Agradeço-Te por teres compreendido a
beleza das boas lembranças que o tempo suaviza. Agradeço-Te por teres adquirido
a sabedoria de respeitar a irmã morte.
Poeta Hiran de Melo - Mestre Instalado,
Cavaleiro Rosa Cruz e Noaquita - oráculo de Melquisedec, 2 de novembro de 2007
da Revelação do Cristo.
Comentários
Postar um comentário