Mundo Místico – Capítulo 4

Anunciação

 

Parte I 

 

Tu que me olhas, não vês que também o sou?

 

Tu não sabes que somos uma parte de um todo?

 

Olhai e vê como o céu está em festa, ele dança ao som da criação fazendo movimentos suaves e límpidos.

 

Cala-te e ouve quando Eu falar, pois as minhas palavras o abençoarão e irão aliviar o teu fardo.

 

As minhas palavras soarão como um vento forte sobre o teu corpo penetrando a tua alma e então sentirás a chama sagrada queimando o teu espírito, tatuando em teu peito o meu símbolo.

 

O símbolo da vida, o símbolo de todas as cores e de nenhuma, a de todas as formas e de nenhuma, porque Eu sou o símbolo.

 

Olhai e Vigiai por todos os caminhos em que passares, pois quando chega à noite, o Luar pode te encantar e então o que será de ti?

 

Vigiai os campos, os montes, os céus, os mares e o templo. Vigie o templo sagrado, ele é precioso para ti.

 

Alimentai o teu espírito com a chama sagrada, banhai o teu templo nas águas calmas e serenas do rio sagrado.
Purificado o templo e alimentado o espírito, podes sair para anunciar a boa nova.

 

Não há nada nessa terra que eu não saiba ou vi. Sou a Senhora das águas, sou a Senhora dos campos, sou a Senhora dos ventos. Eu sou a Senhora dos tempos que se foram e que virão e que vivo. Eu Sou aquela que fala todas as línguas e ao mesmo tempo uma, eu Sou o que Sou.

 

Como já diziam as sagradas escrituras - E ela retornará ao seu trono, virá radiante como o Sol e com a força do universo, trazendo consigo a luz para esse mundo.

 

Parte II

 

O seu canto será entoado, ele será escutado nos quatro cantos dessa terra. Seu canto anuncia a sua chegada e o início de uma nova era, uma era de paz, prosperidade e de equilíbrio.

 

É ela a senhora do trono, é aquela que é o próprio universo, é aquela que canta o canto da criação e da transformação.

 

Retira o teu calçado, pois onde pisas é terra santa. Será assim quando fores entrar rio sagrado para ser batizado com o fogo sagrado. Deverás entrar no rio de olhos abertos para ver o Outro que está refletido nas águas calmas e tranquilas, olhai e vê como tu és belo, pois tu sois a imagem e semelhança de Deus, sabes por que?

 

Por que tu também és Deus, somos o que somos. Escuto o eco do universo em mim dizendo: Tu és o próprio universo, trazes contigo a esperança para esses homens, além disso, o teu canto é entoado nos quatro cantos desse universo e por onde passas há vida. 

 

O seu povo há reconhecerá quando ao seu trono ela retornar, muitas fogueiras serão acessas para anunciar a sua chegada e para celebrar. E ela que é a própria sabedoria virá como um vento forte sobre as tendas fincadas sobre essas terras. 

 

Escutai e escutai. Escutai não com os ouvidos do corpo, mas com os ouvidos da alma o meu canto e nele encontrarás a paz para o teu espírito, assim eu abençoo os meus amados filhos. 

 

Homens dessa terra acendam as luminárias do templo para o que ainda está oculto possa ser revelado, será assim a minha chegada. Então revelarei a vós homens dessa terra o que está oculto e só assim poderás ver a luz, Eu sou a luz. 

 

Escutai meus amados filhos e não temas, pois quem te fala é o próprio universo, a Senhora do trono.

 

A minha voz pode ser leve como a brisa ou forte como o vento de uma tempestade, depende de como é o teu espírito. Presta atenção nas minhas palavras porque as direi uma única vez.

 

É preciso que vós, homens dessa terra compreendam o verdadeiro sentido do amor, não esse amor que é proclamado, mas o amor que está além do bem de do mal, aquele que tudo cria e tudo transforma, é preciso ainda que conheça a ti mesmo para assim conhecer o outro isso porque somos um só, provéns da mesma fonte e sois parte de um todo, não é possível que tu sejas o todo e o todo o sejas sem tu.

 

É preciso ir ao centro do universo e em profundo silêncio para encontrar a pedra oculta, encontrando-a te encontrarás. Porém é preciso de paciência nessa caminhada, caminhe sem pressa de chegar ao destino final e durante a caminhada medite seguindo o movimento do vento celestial.

 

Falo agora aos corações cansados e aos espíritos vazios, Eu que Sou o trono e o próprio universo, trago a vós, corações cansados a minha força e luz, alimento o teu espírito com o meu fogo sagrado purificando o teu espírito.

 

Anadominum – oráculo da Deusa, em 17 de dezembro de 2010.

 

Mensagem enviada por anadominum@gmail.com

 

Anexo: Considerações simbólicas

 

O texto apresentado, de autoria da amada amiga Ana Paula, discípula de Anadominum, possui uma forte carga mística e religiosa, com elementos característicos de diversas tradições espirituais. A linguagem poética e simbólica evoca sentimentos de conexão com algo maior, transcendente e divino.

 

Temas Centrais

 

A figura central é uma deusa poderosa, identificada como a criadora, a fonte de toda a vida e a sabedoria. Ela é descrita como a senhora de todos os elementos e a detentora de um conhecimento cósmico.

 

O texto enfatiza a importância da conexão individual com o divino. A deusa convida seus seguidores a buscarem essa conexão através da meditação, da purificação e da introspecção.

 

A chegada da deusa é anunciada como o início de uma nova era, marcada por paz, prosperidade e equilíbrio.

 

A deusa incentiva o autoconhecimento como caminho para a realização espiritual. Ela sugere que cada indivíduo carrega em si a divindade e que a busca pela verdade reside no interior de cada um.

 

Elementos Simbólicos

 

ü Trono: Representa o poder e a autoridade da deusa, assim como o lugar de onde ela governa o universo.

ü Fogo Sagrado: Simboliza a purificação, a transformação e a iluminação espiritual.

ü Águas Calmas: Representam a paz, a serenidade e a purificação.

ü Vento: Simboliza o espírito, a inspiração e a mudança.

ü Pedra Oculta: Representa o conhecimento interior, a essência do ser.

 

Mensagem

 

O texto pode ser interpretado como uma mensagem de esperança e empoderamento (processo de se tornar mais poderosos).

 

A deusa oferece um caminho para a transcendência e a realização pessoal, convidando seus seguidores a se conectarem com sua própria natureza divina. A linguagem poética e simbólica permite uma interpretação pessoal e profunda, permitindo que cada leitor encontre seu próprio significado nas palavras.