Construindo e demolindo fortalezas Lembro-me de Dona Creusa, com seus 82 anos, apagando as luzes da sua casa. Apenas um fio de luz trespassava a escuridão. Portas e janelas fechadas. Uma característica comum àqueles que já viveram muito: construir barreiras, físicas e fictícias. A casa própria, antes símbolo de liberdade, agora era uma fortaleza, uma prisão. Escuto uma jovem a anunciar que se permitirá a mais uma quebra de barreiras, vai possuir uma tatuagem no corpo. Inscreve em sua pele a história de uma alma rebelde, que mina estruturas e rasga véus. A juventude, um furacão que varre os dogmas e impõe novos valores à humanidade. Os jovens, ávidos por destruir fortalezas e derrubar muros, reais ou fictícios, impulsionam a humanidade em uma constante transformação, descontruindo o antigo e construindo o novo. Bom ou ruim? Nenhum dos dois, apenas estágios do caminhar. Em breve os jovens construirão suas fortalezas e chegarão à idade dos mais idoso...
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Mostrando postagens de janeiro, 2025
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O Jardim de Cada Um - Por Majda Hamad Pereira O jardim de cada um É como o rosto no espelho Reflete alegrias e tristezas Histórias de vidas inteiras O jardim de cada um Vive em movimento É a sombra do dono É guardião do tempo O jardim de cada um É o suspiro da alma Acolhe a quem procura E o corpo acalma O jardim de cada um É presença constante É liberdade de sonhos É cumplicidade, é ponte. Anexo - Outra leitura possível do poema: O Jardim de Cada Um Majda Hamad Pereira, em 'O Jardim de Cada Um', convida-nos a uma introspecção poética, onde o jardim, mais que um espaço físico, torna-se um espelho da nossa própria alma. A poeta, com maestria, tece um painel poético onde o jardim se revela como um microcosmo da alma humana. Através de metáforas vívidas e uma linguagem sensível, a autora nos convida a refletir sobre a nossa relação com a natureza e com nós mesmos. Ao lermos seus versos, somos convidados a florescer junto com as imagens...